segunda-feira, 27 de outubro de 2008

2ª Semana de Estágio



Primeiro trataremos do trecho onde o autor coloca da necessidade do docente conhecer a matéria que ensina, conhecer aqueles que vão ensinar e saber o momento de assumir o controle ou liderança da classe, este último, não mais falarei, visto que já foi comentado na postagem da primeira semana de estágio. Quanto aos demais, são sem sobra de dúvidas imprescindíveis. Saber o que? por que? e para quem? se está ensinando, torna o processo ensino-aprendizagem muito mais fácil para ambas as partes(professor e aluno). E para que isso aconteça é necessário algumas rotinas para transições rápidas entre as atividades, a fim de não se perder tempo.
No caso de alunos como os nossos, crianças com menos de nove anos, adotamos mecanismos por exemplo de entregar a lata de lápis numa ponta, afim de que eles mesmos peguem os seus lápis e passe a lata ao colega do lado e assim sucessivamente até que chegue novamente aos mãos dos professores, do mesmo modo é feito com qualquer distribuição de material necessário para trabalhar as atividades propostas. O objetivo é justamente despertar a responsabilidade dos nossos alunos, além de promover a relação de bons modos entre seus pares, demonstrando inclusive a sua participação com sujeito ativo da sociedade.

Quando um aluno deixa de repassar o lápis todo o resto da turma ficar parado em função do erro do colega? Aí entra a questão da sanções e as medidas disciplinares geralmente feitas em particular, sem o conhecimento do grupo, que é mais funcional. No entanto dependendo da maneira como se aborda o tema todos podem aprender juntos com o erro de um só colega.
Outra questão que Gauthier aponta é o Trabalhar com todos os alunos e o trabalhar individualmente. Como isso é possível? Quando ele coloca que os melhores resultados são produzidos por professores que acompanha de perto o desenrolar das atividades, ele têm razão, visto que é possível explicar a atividade ao grupo( o todo) e informar que está disponível para atender individualmente aos que tiverem dificuldades, criando um clima de familiaridade e simplicidade do aluno com o professor. De preferência, que o professor vá até o aluno, assim evita maiores desordens na sala de aula.
Com relação as recompensas, elas não necessariamente precisam ser recompensas materiais, trabalhado também por Skinner. Elas podem acontecer através do elogio, ainda que não haja comprovação que o relacione com os progressos de ensino, vejo que acalma a alma, desde que seja verdadeiro não vejo problema algum em elogiar um aluno, quando se é justo elogiar.
Outras questões observadas nessa segunda semana é a importância da inovação das atividades proporcionadas aos alunos. A simples alteração do jeito de fazer a mesma atividade, desperta um interesse maior do alunado. Uma mesma atividade pode e deve ser inovada a cada dia. É fazer uma rotina, não rotineira, afim de que todos os dias, o aluno tenha o interesse de vir a escola, por que tem “um desenho” ou “um brinquedo” novos para conhecer.

sábado, 11 de outubro de 2008

1º Semana de Estágio no CAIC


Após quase quatro anos de muitos estudos teóricos, participação por um ano no projeto de extensão denominado de práticas pedagógicas reflexivas, onde foi possível refletir junto com professores de várias creches municipais da cidade de Jequié sobre suas ações no cotidiano escolar, ministrar aulas por um período de oito meses a jovens e adultos de um centro de recuperação para dependes químicos ou alcoólicos e estagiar na educação infantil, e chegada a hora de seguir adiante e dar inicio no que parece ser o último desafio prático na condição de estudante do curso de Pedagogia.
É o estágio em educação do ensino fundamental. Após cumprida a semana de observação, iniciamos no dia 07 de outubro do corrente ano, o nosso trabalho na condição de estagiário regente para alunos da 1º Série no CAIC(Centro de Atenção Integral a Criança).
A nossa primeira atitude na condição de estágios regentes foi com relação a gestão da classe. Mudamos a disposição das carteiras dos alunos, visto que durante a nossa observação, percebemos que a maneira que as carteiras estavam “arrumadas” ocupavam toda a área da sala de aula, dificultando a movimentação dos alunos e a promoção de atividades que dependesse de maiores espaços a exemplo das rodinhas ou brincadeiras. A arrumação possibilitou uma maior integração tanto dos professores com os alunos com também dos alunos com seus colegas.
Ainda com relação a gestão de classe foi necessário fazer alguns acordos entre a comunidade da sala, visto que de acordo com nossa observação, o número de vezes que os alunos interompiam sua atividades para beber água ou ir ao banheiro, atrapalhava o desenvolvimento das aulas. Ficou combinado que tentaríamos evitar ao máximo, esta saindo para o banheiro a todo o momento.
Já com os combinados acordados, foram iniciadas as nossas atividades pré-estabelecidas nos planos de aula, já supervisionado pela nossa professora de estágio.

Trabalhamos a semana inteira, utilizando a teoria da apredizagem significativa de David Ausubel, utilizamos a freqüência com os nomes dos alunos, sempre com uma abordagem diferenciada, as atividades tornaram interessantes para as crianças, por tratava-se de algo que o aluno já sabia. Baseamos o ensino na estrutura cognitiva, fazendo ancoragem para a partir de então desvendar novos conhecimentos, daí foi possível conhecer a ordem alfabética, o tamanho, as primeiras e últimas letras de cada nome e quase todas as variações possíveis de ser visto a partir de uma única confecção, a confecção dos nomes destes alunos. Outra atividade desenvolvida foram os textos institucionais, onde mais uma vez, nos utilizamos da teoria de Ausubel, a apredizagem significativa, nos ancoramos no lúdico, ou seja nas brincadeiras infantis para trabalharmos a leitura e escrita dos nossos alunos a resposta foi satisfatória, visto que percebemos o interesse dos mesmos, com cada uma das atividades propostas.
Quanto ao nível de cognição de cada aluno, em alguns momentos foi necessário separar a turma em dois grupos: Um grupo maior formado por alunos com dificuldades de leitura e escrita e um grupo menor com alunos já alfabetizados. Distribuímos atividades de acordo com o grau cognitivo de cada grupo, para que nenhuma atividade proposta ficasse acima ou abaixo da capacidade momentânea de cada aluno.

sábado, 13 de setembro de 2008

Estágio de Observação


A observação de estágio no ensino fundamental foi importantissimo, principalmente porque, através do roteiro, que nós mesmos produzimos em sala de aula com orientação da professora, foi possivél chegar no local de observação com um olhar direcionado a cada um dos atores sociais e cada canto que compõe o ambiente escolar.

Desde a chegada dos alunos até a direção geral, foi possivél fazer um recorte de cada espaço do Escola CAIC( Centro de Atenção Itegral a Criança), conversamos com pais de alunos, com os próprios alunos, professores, cordenação pedagogica com a direção e com todos que participam do processo educacional de modo geral. Confira dentro em Breve, a publicação da Nossa Observação de Estágio aqui neste Blog.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Síntese: A pesquisa com eixo de formação docente





As palavras chaves do texto são: dicotomia e pesquisa. O texto de Maria Teresa Esteban e Edwiges Zaccur, trata da equivocada estigmatização do ser pesquisador, apontando como principal causa da dicotomia entre o fazer e o pensar da área educacional.
Os autores criticam o estatuto exclusivamente acadêmico do pesquisador, visto que possuem uma visão muito mais abrangente, para eles, a pesquisa do campo educacional deve ser participativa, realizada entre todos os atores envolvidos afim de se obter resultados significativos, diferente dos efeitos que têm provocado as pesquisas acadêmicas consistentes que pouco refletem no interior das escolas, a falta da participação popular ( no caso da educação, a participação do(a)s professore(a)s, provoca a incomunicabilidade entre pesquisador(pensa) e professor(executa), sugere justamente o oposto como proposta eficaz, a interação entre os mesmos, o “fazer pensando” maiores aproximações possíveis entre pesquisadores e objetos investigados.A teoria funcionando com lentes que são postas diante de nossos olhos, nos ajudando a enxergar o que antes não éramos capazes, sendo que a pratica deve esboçar os caminhos que a teoria de percorrer, ou seja a teoria busque na pratica seus objetos de pesquisa, afim de trazer possíveis soluções a estas, afinal de contas a prática é a finalidade da teoria.
Acho de extrema necessidade, que o educador reflita sua pratica cotidiano, a fim de potenciar seu acertos e negar os trabalhos que não deram resultados satisfatórios. Acredito que o professor da educação básica não só pode, mas deve se tornar um pesquisador da sua prática, porque é através da reflexão que as ações serão aceitas, reconstruidas ou até mesmo descartadas.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Resgate Histórico: Saberes pessoais e pré-profissionais



Nasci em Jequié, porem vivi meus primeiros anos de vida em Catingal (pequeno distrito) da cidade de Manoel Vitorino – Ba. Recordo muito bem do meu primeiro contato com a educação letrada, que aconteceu por volta dos meus cinco anos de idade, na residência da “tia” Lurdes, uma professora da rede municipal de ensino, que aproveitava os períodos “livres” para ganhar uns trocados extras para completar a sua renda familiar. Recordo-me com saudade e muito carinho desta querida professora, que abria as portas da sua casa, e com muita dedicação, afeto ensinava a mim e a outras crianças as primeiras letras, como também, numa espécie de banca ajudava no reforço escolar a outros tantos estudantes que necessitasse de seus conhecimentos, assim aconteceu minha educação infantil. Recordo-me dela pegando em minha mão e me ajudando a cobrir as primeiras letras (a; e; i; o; u) e assim se seguiu minha alfabetização, num modelo bem tradicional, esse processo se deu por mais ou menos um ano e meio, quando já com sete anos de idade, me matriculei no 1º ano do primeiro grau, que era naquela época, a primeira oportunidade de estudar no ensino regular publico, E lá fui eu, para a Escola Clemente Mariano, estudar com a filha da professora da minha banca, pró “Gaúcha”, ela assim como a tia Lurdes, tinha no máximo estudado até a quarta série primária, nível de estudo mais elevado oferecido naquela época naquela localidade. Naquela escola tudo era muito organizado, muito bem higienizador, quanto aos métodos de ensino, era extremante tradicional, tinha até o famoso milho do castigo, tinha uma historia de o mundo acabar em 2000, que eu mim acabava de chorar e mesmo a professora sabendo do meu pavor, era ela quem sempre me lembrava, talvez achasse engraçado o meu desespero, e devia ser mesmo viu (bêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee). Enfim mas parece que os conhecimentos adquiridos naquela instituição de ensino, foram validos, visto que logo no outro ano mudei com minha família para a cidade de Jequié e não tive dificuldades ao me matricular numa escola particular, tida na época como de boa qualidade, mas que usava os moldes do ensino tradicional numa forma mais lúdica, os próprios livros eram mais interessantes, me recordo do titulo: Eu gosto de, aí tinha, de matemática, de português e todas as outras disciplinas, foi bom estudar lá, com todos os mimos de uma escolinha particular, mais os mimos duraram pouco, logo no 3º ano, voltei à escola publica estadual, onde tive professores, que desenvolvia uma bom trabalho, claro que dentro de suas possibilidade, visto que ambas possuíam apenas o magistério e claro ensinava também numa perspectiva da educação bancaria. Não me recordo de ativades reflexivas para o exercício da cidadania, ou coisa parecida mesmo, a aprendizagem acontecia seguindo fielmente o livro didático, sem nenhuma outra fonte de pesquisa, nem a biblioteca, me recorda de ter sido solicitada em nenhum momento. O meu primeiro grau foi cursado todo ele no IERP (Instituto de Educação Rajes Pacheco) de onde não tenho lembranças significativas, muito mecânico o sistema de ensino, me lembro sim daquela quase ensurdecedora campa ia. Que o bairro todo tinha que ficar ouvindo de cinqüenta em cinqüenta minutos, e de um diretor de cara amarrada que numa nos disse um bom dia e ainda de uma vice-diretora que dava cascudos nos alunos. Meu segundo grau foi cursado Colégio Polivalente, e apesar de ter acontecido no turno da noite, período geralmente tido com menos eficaz, foi muito significativo para mim, visto que estudei com excelentes professores e não posso deixar de citar o empenho, profissionalismo e respeito para com todos os alunos da direção e vice-direção respectivamente Profª. Sônia e Profª. Benilda, que em vários momentos buscava junto com a comunidade estudantil solucionar os broblemas.
Em fim, assim resumo o período estudantil que antecedeu minha formação acadêmica, apesar de ter estudado com muitos professores responsáveis e amigos, tive uma aprendizagem conteúdista de ensino basicamente tradicional, onde a avaliação não era processual, o trabalhos em equipe era muito pouco realizado, enfim para o exercício da plena cidadania, acredito que a minha educação secundarista deixou a desejar, o que felizmente a me e a outras poucas pessoas nós proporcionado mesmo que ainda não de forma muito abrangente no terceiro grau.